quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Site Submundo: "Ninguém falou de áudiofilia ali no tema", falaram. Preconceito e desconhecimento total.


Nota: Leitores, fui plagiado em livro e que esta será a razão da minha retirada do mundo virtual. No entanto, algumas atualizações necessárias as farei com data e firma reconhecida e serão postadas como foto. E todos meus trabalhos serão publicados em cartório de títulos e documentos. (Em 19/03/2014).


O site provoca uma discussão com o seguinte tema: “Os DJ’ irão migrar para o digital?” Ano: 2007.

Entrei respondendo, em 12 de novembro de 2007: Acho que não, a intenção não é migrar DJ’s para o digital. Quem que disse que tudo tem que ser digital? Porque temos que aceitar a lavagem cerebral da publicidade industrial (cujo motivo é o lucro) para ficarmos sempre migrando dessa para aquela ou outra tecnologia, a pretexto de uma “evolução”? Não existem tecnologias 100% melhores do que a anterior, sempre há falhas em qualquer tecnologia. E não existe tecnologia antiga, existe tecnologia inadequada para o fim que se destina. Vejam os amplificadores: os melhores do mundo são a válvula. A válvula é fabricada até hoje e evoluiu. Agora é coisa especial, não é mais coisa comercial. Os atrativos do vinil são uns: resolução máxima de áudio (uma “amostragem infinita”) graves, maciez no som, médios naturais e não maquiados, exagerados, calor, agudos perfeitos e não “arrastados”… As capas bonitas, os encartes, a beleza do próprio vinil, vinil em cores, durabilidade indeterminada (o trabalho do artista pode ser visto e ouvido daqui a um século ou mais), o vinil pode se prestar a ser um livro, pois a letra é grande…etc… O CD: Portabilidade, médios e agudos bem altos, facilidade de cópia, cada CD é um master, ocupa menos espaço (Para quem se importa com espaço), pode ser ouvido no carro, requer menos cuidado no manuseio (Mas não se pode engordurá-lo com as mãos, pode oxidar a reflective layer), alta faixa dinâmica, maior programa musical, set de gravação mais barato do que um analógico, maior facilidade de controle na masterização, etc… Tudo, tudo isso, mas sem CHARME, SEM BELEZA, a beleza do preto brilhoso dos vinis e dos belíssimos toca discos da atualidade! É a diversividade, vai depender do gosto e perfil do usuário. Vamos acabar com essa cultura besta de substituição, porque nem tudo que é novo é realmente avanço – A indústria mente: A verdade só fica na cabeça dos engenheiros e cartolas da indústria. Na época da propaganda do CD na boca do cachorro alguém disse que CD oxidava? Que podia vir com fungo? Contaminação industrial? Alguém disse que seus dados recriavam uma senóide simulada, nunca o sinal original, aquela senóide que está espelhada dentro do vinil? Não. Pois é. Mas o CD é puro de som. Então sempre terá seus fãs. Enquanto isso, o vinil traz tudo, é o espelho do som real, do sinal de áudio original, transduzido para o seu interior, a própria materialização da onda sonora. Ambos tem seus fãs, é por isso que, conscientes do valor de cada mídia, ninguém vai migrar pra lado nenhum: vai apenas haver democracia e não uma imposição da indústria para que se deva curtir esta ou aquela mídia. Joaquim M. Cutrim, blog “vinilnaveia”.

Dudu P (Dono do site):
13/11/2007 22:01

Joaquim,

"Você precisa se informar um pouco mais. Tudo bem você gostar de vinil, afinal, pelo nome do seu blog já vemos que você é fã e dificilmente será convencido do contrário. Mas seja imparcial nas suas colocações e justificativas da sua paixão. Ser um colecionador de vinis e amá-los não tem nada, nada de errado. Cada um de nós tem suas paixões, uns colecionam selos, outros latas de cerveja, outros preferem gastar tudo com drogas, e outros preferem gastar com sorvetes. Não confunda o hummer do vinil (que é um artefato inserido pelo disco de vinil) om maior capcidade de graves. O motivo do CD surgir foi justamente a fidelidade sonora das gravações. Seu primeiro público foi o segmento de música clássica e instrumental, um povo reconhecidamente que é muito mais exigente do que a grande maioria. Não existem mais discos de vinil para este segmento há décadas. Música eletrônica, pop e rock são as piores coisas para se medir fidelidade acústica. São sons processados, comprimidos e manipulados digitalmente, e neste processo eles são manipulados de forma artificial para obter outros resultados. Pegue como exemplo, na cultura da música eletronica, material que foi feito anos e anos atrás, quando só se pensava em vinil, grave eles usando uma boa placa de som como muitas das que temos disponiveis hoje em dia. Os graves somem. Porque? Porque o som era masterizado já levando em conta o hummer dos toca discos, que sempre existem, mesmo os que você não escuta, apenas sente quando de frente a um bom par de caixas de som. Atualmente, você pega artistas que produzem estes mesmos estilos, e o som sai com muito mais graves em qualquer lugar. Porque? Porque houve uma preocupação em inserir frequencias mais baixas para que se possa atingir o resultado que antes dependia da mídia física. A diferença está aí: hoje conseguimos graves mais puros e fiéis em qualquer sistema de som que se preze, independente da mídia utilizada para reproduzir. Você fala de não adesão à indústria, mas fabricantes de equipamentos são apenas supridores de demanda. Eles fazem equipamentos para atender a necessidade de consumidores que querem aquilo que eles vão produzir. Se não for assim, o produto encalha. Na história de equipamentos para DJs, existem dezenas de aparelhos que micaram (tape deck com pitch, alguém se lembra), e nunca houve um aparelho que mudasse o mercado. A Numark não fabrica discos de vinil. Quem os fabrica são os selos, as majors. E elas também não conseguem impor formatos. Laser Disc foi coisa pra poucos. Blue Ray e HD-DVD estão aí na maior correria pra ver se conseguem substituir o DVD, sem sucesso, é coisa pra poucos, e não se justifica ainda a compra deles. A indústria musical é que conseguiu lavar a cabeça de muitos a ponto deles amarem mais o disco do que a música que os contém. E a cegueira é tão grande que as pessoas não se tocam que 99% do que é produzido hoje em vinil ou CD foi um arquivo WAV, digital, antes de mais nada. O problema, como você pode acompanhar em outras matérias que temos aqui no Submusica, é que a partir do momento que a gravadora perde a capinha, o encarte e a bolacha, qualquer um pode vender música, inclusive o proprio artista através de seu site, como acontece agora com o Radiohead e tantos outros que vamos ver. E aí, qual é o papel do selo ou gravadora? Estamos numa época em que transporte custa caro, papel, plástico, vinil, tudo isso vira lixo depois de um tempo. Sim, o CD pega fungo, mas disco empena, deforma, arranha, e pior, ele permite que você ouça uma música em qualidade ruim sem você perceber. Se tem uma coisa que me fez amar um CD é que você ou escuta a música do jeito que ela foi concebida, ou então não escuta. Comprar agulha? Agulha é coisa de costureira! Limpar disco com sabão e deixar secar no sol? Virar ele pra tocar o outro lado? Imagino como seria a minha vida no trabalho hoje, se não pudesse ligar um iPod ou memso um discman e escutar música por uma hora sem interrupção. De novo: ser colecionador é legal, cada um faz o que quer. Mas não seja cego. Assuma sua paixão porque você gosta. Mas não coloque chifres em cabeça de cavalo. Eu posso gostar muito mais de um fusquinha do que de uma ferrari, mas de jeito e maneira posso afirmar que um fusquinha é mais carro que uma ferrari. Se você tiver dúvidas, vamos conversando. A gente pode montar um laboratório aqui em casa e fazer todos os testes. Eu consigo provar tudo que estou falando e podemos publicar o resultado aqui no Submusica pros leitores ficarem mais informados. Afinal, este é o objetivo maior deste site: informar corretamente! ;)", falou seu "Dudú"...

Joaquim Cutrim
14/11/2007 1:43

Respondo (Joaquim Cutrim):
Caro Dudu,

Veja, não vamos levar para o lado pessoal… Essa é apenas a minha opinião, embora bem comprida. A forma como falo, convincente, é apenas meu estilo. Devemos respeitar as opiniões, antes de tudo. V. já sai dizendo que estou desinformado, não é assim que se trata um desconhecido. Bom, deixando o respingo no lado pessoal, vamos lá, a bem da boa polêmica, afinal o interessante são os argumentos. Sou bem informado sim. Meu blog foi fruto de cinco anos de pesquisas e contato com engenheiros de áudio, do Brasil e do exterior. E há 03 anos pesquiso o tema. O nome do blog é apenas o nome do blog, uma brincadeira apenas, bem coerente com a minha personalidade. Quanto a ficar ou não convencido do contrário, gostaria, mas até agora ainda não apareceu nenhum cientista ou engenheiro para dizer que quantização não gera erro. O dia que aparecer, aí eu direi que digitalização não é sinônimo de simulação. Quanto a ser parcial ou imparcial, isso aí já é uma questão de personalidade: eu prefiro ser verdadeiro, fiel a mim, portanto parcial. Não sou juiz, para pretender ser imparcial. Agora na técnica: a palavra técnica é ‘humming” e não hummer. E humming não é isso, você é que está confundindo, não eu. Além do que, humming não é ‘artefato’. O que v. quer dizer com humming é na realidade uma ‘zoada’ (termo técnico usado em eletrônica) para retratar a falta de aterramento ou zoada provocada por falta de blindagem correta ou isolamento incorreto ou defeituoso. Isso é humming. Agora o que v. pretendeu demonstrar é relação sinal-ruído ou por outro ângulo, faixa dinâmica. E isso não é introduzido, é tão somente uma limitação dessa ou daquela mídia. Quanto aos motivos da Sony-Philips na introdução do CD, claro, foram comerciais, afinal, com a novidade uma grande faixa iria trocar seus toca-discos por toca-CD e seus LP’s por CD’s, e com o alto preço de lançamento, isso significaria altíssimos lucros. E justificaria mentiras e inclusive uma fraude conhecida na última produção de LP’s: Inseriram defeitos em uma prensagem de LP’s justamente nessa época de lançamento. Da safadeza da indústria eu não tenho dúvida e não discuto. Quanto a v. dizer que o primeiro público alvo do CD foi o seguimento da música clássica e instrumental, não tenho dúvida: Eles tinham primeiro que convencer os audiófilos, mas não convenceram todos. Isso é fato. Agora você está enganado quando diz que LP’s não são produzidos para o mundo audiófilo há décadas. Os LP’s para audiófilos – os 160 gramas, 180 gramas e 200 gramas estão sendo produzidos desde que o LP estéreo nasceu, em 1948. De lá para cá, só se tem aprimorado as técnicas e a última delas é o corte direto no cobre pirofosfato. Há vários sites de LP’s para audiófilos, um exemplo é o da http://www.elusivediscos.com  No site http://vinylfanatics.com/analoglovers/ você também, além de encontrar a decadência do áudio (de-evolution of the sound), encontrará vários sites de audiófilo. E nada mais impactante que a saúde comercial das agulhas vendidadas no site da http://www.needledoctor.com  inclusive as moving coils, as mais caras do mercado, o que demonstra claramente que o mercado audiófilo nunca parou e só evoluiu. (O problema é que o Brasil é a África do Norte em matéria de áudio). Vamos adiante: o CD não tem fidelidade, tem pureza de som. Não tem bons agudos altos. E nem tem outros agudos que o LP tem, nem seus transientes, nem a cobertura indisdinguível, mas audível de uma outra forma pelo ouvido (Otorrinos confundem INAUDÍVEL COM INDISTINGUÍVEL), pois os sons ultrassônicos do Vinil-LP encorpam todos os médios e agudos do mesmo, coisa que não existe num CD. Existem gravações altas em CD onde os operadores da mesa de mixagem exageram nos médios para “tapar a falha” de não ter agudos bons. Nem em 24 bits e 48 amostras por segundo. Se ele não consegue replicar o sinal sonoro analógico com 100% de integralidade, ele não é fiel, pois fiel é sinônimo de igual, assim como analógico vem de ana=igual e logos,= lógico, ou seja, logicamente igual. Logicamente porque é matematicamente igual ao estímulo introduzido na bobina do microfone na etapa de transdução. Todos os níveis elétricos em milivolts que a bobina do microfone recebeu serão replicados fisicamente nos sulcos e estes, por sua vez, far-se-ão replicar na bobina da cápsula, nos circuitos até chegar nos alto-falantes. Ou seja, se a senóide tinha em uma determinado pico de onda de um harmônico 1,07 mv, essa representação elétrica estará amplificada proporcionalmente nos alto-falantes. É um sinal eletrico especializadíssimo! O sinal elétrico digital decorrente de conversão é simples, no dizer do Professor Iazzetta da USP é um sinal discreto. Eu diria POBRE, incorreto, é outro sinal, é uma SEMELHANÇA, não é uma cópia do sinal decorrente do som real ao vivo. E semelhante não é igual. Já na conversão digital AD, como o sistema é limitado a valores exatos e não quebrados de 0 e 1, o que se tem é uma simulação de onda, algo parecido, mas não igual. Mesmo que a amostragem suba para valores altos, seja o método PCM de 16 bits ou Sigma-Delta em Áudio 28224 MHZ a 1 bit (SACD, HD AAC e AAC) ou 96 a.s em 24 bits sempre haverá perdas (erros de quantização) e ruído a ser distribuído aleatoriamente (Erro de dithering). Quem mais próximo chegou foi o SACD, mas é um CD de dados, não é 16 de bits! (Veja no site Vinylfanatics). Não me baseio em música pop. Nem me baseio em música escutada para firmar os argumentos mais profundos: me baseio em eletrônica digital e analógica e em ciência do áudio digital. Tudo isso que v. fala, de compressores analógicos, digitais, eu sei. Sei também que os técnicos de áudio são levados a produzir sujeira sonora contra a própria vontade. Mas não é isso, não é esse o ponto. Adiante: quando v. fala em gravação em placa de som e que não saem bons graves porque era tudo masterizado, está havendo uma confusão que não teria nem como começar a te explicar. É melhor v. buscar entender mais sobre gravações, física do som e eletrônica de áudio. Não faz sentido o que v. fala. Na realidade, os graves digitalizados são baixos porque na senóide original tem muita informação que não pode conter na quantização, seja de que amostragem for. O que contém em um sulco de um LP jamais poderá ir parar em uma memória flash ou em setores de bits de um CD. É impossível, do ponto de vista físico, já que a senóide original é uma seqüência indivisível de valores limitados à representação de um intervalo de freqüências determinado. É uma reta indivisível que serpenteia. Na prática, os graves do CD começam e terminam logo: pode testar com a mesma música. E baixinho, para não haver a desculpa da ressonância ou do air born. E sobre fidelidade, já se falou: o CD pretende uma fidelidade de aparência por semelhança. O vinil é fidelidade de essência. No CD há um exemplo do sinal. No vinil, há um espelho do sinal. Adiante: Fabricantes (não todos, mas a grande maioria) não são honestos. Se entre falar a verdade e não vender, e não falar a verdade e vender, eles ficam com a segunda. São desonestos, empurram ‘novidades’ porque não querem deixar a margem de lucro cair. O CD quando foi lançado era caro, mas mesmo assim começava a vender muito. Era um troca-troca de tecnologia. É ingenuidade acreditar no contrário. V. já assistiu ao filme-documentário em DVD “Quem matou o carro elétrico?” Não existe exemplo melhor para retratar a banda podre da indústria. Tape Decks: evoluíram muito e continuam a ser fabricados no 1º mundo. Hoje o ajuste do azimuth é automático, por exemplo. Basta colocar no Google tape decks e cair nas lojas estrangeiras. Existem tape-decks com MD incorporado. Tem muita coisa em Tape deck, hoje. Que a Numark não fabrica vinis, é obvio, meu caro. Quem não conhece o site da Numark… Você disse: "Foi produzido em WAV antes de ser prensado em LP?" Não é verdade. Isso só foi ocorrer na fase histórica das gravações onde a digitalização passou a ficar disponível para os estúdios, não antes de 1980. Foi a entrada do sitema Dynagroove. Até aí tudo era AAA (Analógico total, gravações analógicas do microfone até o corte da matriz em vinil - Esse sistema chamava-se LIVING STEREO). (E como era bom!). Agora não diga que a lavagem cerebral é ao contrário, não é assim. A relação que um ser humano pode ter com um disco, com um objeto e a música que nele está em conserva, é de várias naturezas, mista, plural, e não como você está concebendo. Tanto existem aqueles que não se importam com o objeto musical e a cultura que ele agrega, quanto existem aqueles que extraem o conjunto. Um não exclui o outro, jamais, sob o risco de sermos "maniqueístas" (Aqueles que não sabem conviver com ambos, com a diversividade). (Agora em relação ao problema da música "baixada", sou contra a capturada via programas peer-to-peer e só concordo com os downloads legais). Mas pretender tirar o prazer da fisicalidade das coisas, da admiração por um objeto isso é ir de encontro com a natureza da diversidade humana. Faz parte da vida material a existência física das coisas, ninguém é obrigado a guardar eletricidade ou gostar só de eletricidade. Não sou contra quem guarda eletricidade dizendo que é foto ou que guarda eletricidade dizendo que é música. É como o povo diz: cada qual com seu cada qual. Agora tenha certeza que muitos acham indispensável a presença física das coisas. Quanto ao meio ambiente, é só produzir com responsabilidade, com sustentabilidade. Vinil vira lixo? Olha rapaz, eu nunca vi um produto que passa tanto de mãos em mãos quanto um vinil… Tá p’ra aparecer. Os estoques dos sebos estão sempre se renovando. É um dos produtos mais ecológicos que eu conheço, pois como sua construção é simples, a matéria de que é formado é única, PVC, ele é super estável, desde que bem tratado. Não oxida… Ri para o fungo… Eu tenho vinis de 1955… Tocando com médios e agudos bem definidos. A tecnologia de fazer toca-los e simples, v. pode fabricar seu toca-discos ou bolar um “gramofone” com uma agulha simples e um cone de papel. Não depende de energia, só da sua… rs rs. Agora discos ópticos são mídias complexas, policarbonato + phatalocianina ou cianina, Formazan ou Azo Metalic + alumínio ou ouro de 24 quilates, se o CD for de audiófilo ou de segurança máxima. Mas o ouro oxida, sabia? Garantiu-me um químico. Em relação à oxidação e ataque por fungos, a camada refletiva está exposta ao oxigênio do ar e às mãos humanas e essa é a causa da "ferrugem do alumínio do CD" (Oxidação do alumínio) e do ataque do fungo da família Geotrichum. Só o tempo dirá se os discos ópticos da nossa época vão resistir 60, 70 ou 100 anos. Só o tempo dirá. (O LP já durou 63 e está andando p'ros 100...). E espero que haja tecnologia para mantê-los tocando, é claro, pois nem todos serão repassados para novas mídias e se forem, carregarão cada vez mais erros e conseqüentemente menos amostragens, o que piorará a já tão discutível qualidade. Um vinil bem cuidado toca bem e ponto (!), isso todo mundo sabe! E às vezes é preferível ouvir um vinil arranhadíssimo, cheio de “batata frita”, (Porque nele contém música de sinal ininterrupto, espelhado e não sinal assemelhado como o do CD), a escutar CD’s principalmente os pessimamente masterizados. Claro que também há vinis mal masterizados, mas como estamos trabalhando com LP, vale dizer, sinal especializado, basta um bom equalizador para resolver o problema. Agora v. falou uma coisa em completo desconhecimento de causa: Você disse que “Se tem uma coisa que me fez amar o CD é que você ou escuta uma música em um CD do jeito que ela foi concebida ou você não escuta”. Falou besteira. CD "pula", "ringa", ainda que não chegue ao extremo de não tocar.  E pelo visto o Dudu não sabe o que é sampling error na fase do DAC – digital analog converter, ou seja, os sampleamentos feitos na hora da leitura. Na hora da leitura das trilhas do CD, podem haver erros, ou cometidos pela leitora, já com sua pontaria imprecisa pelo amolecimento ou enfraquecimento de suas molas ou mesmo por fungo no policarbonato ou oxidação da camada refletiva, tanto nos CD’s Worms (Os industriais) quanto nos CD-R (Os graváveis). Nessa situação, quando a leitora erra um pit (Pit = 0) ou um não-pit (Uma reflexão = 1), ela sampleia (interpola) o dado vizinho. E essas interpolações ou cópia de exemplos podem variar, a cada leitura: Ou seja, um CD nunca é lido da mesma maneira no decorrer da sua vida, e na realidade, não certamente por sua culpa, mas por culpa da degradação da leitora. O que vale dizer que a cada escuta v. está escutando uma coisa diferente, mesmo que você não perceba. É por isso é que digo, logo no começo do meu blog que o sistema digital como um todo não é honesto, pois v. nunca sabe quando ele está te enganando. Quem toca, na realidade, é o conjunto leitora-processador, e não o CD, que é um depósito de números em forma de pits e não-pits. Cada leitora e cada processador tem uma taxa de sampling error, o que os fazem mais ou menos caros. Mas nenhum deles vai além de 200 bler (Block error rate) (taxa de erro de bloco ou setores), onde o CD pára simplesmente e não toca mais. Quanto ao que afirma sobre agulhas, limpeza de LP’s e a forma como v. se relaciona com a música, é melhor respeitar a cultura dos outros, aliás, dos milhares de outros. Ninguém é obrigado a gostar de um “Ih! – Pode?”, um troço que não produz música, senão algumas faixas de freqüência musical, míseras. Mas eu nunca critiquei gratuitamente que gosta de tocadores de mp3! E em relação a cegueira ou não, não respondo grosseria. Devemos sim respeitar opiniões e não galgar para o lado pessoal, pois isto já é apelar por falta de argumento. Este assunto já dou por encerrado, pois não se conduziu como devia, e aquele que quiser conhecer minhas pesquisas – lá tem 90% de pesquisa para 10% de opinião, pode ler o meu blog, colocando no buscador, ‘vinilnaveia’. Ass: Joaquim.

Dudu P
14/11/2007 3:33

Cara, mil desculpas, mas você vem aqui no site, pega uma nota simples sobre um toca discos novo e vem falar um monte de abobrinhas. Olha o tamanho dos seus comentários. Vê se isso não é coisa de alguém extremamente passional? Eu deveria simplesmente deletar esses seus comentários. Mas não vou. Fica aí pra quem tiver paciência de ler. Eu mesmo não acredito que estou aqui a esta hora perdendo o meu tempo com isso. Mas vamos lá, estou aqui dando atenção pra sua causa santa. Antes de responder, eu fui ver os seus blogs, fui ver quem é que estava por trás dos comentários, como sempre procuro fazer. Se você se ofendeu, não era pra tanto. É que provavelmente a carapuça serviu e você não gostou. Acho que você está navegando no site errado. O lugar pra debates de especificidades técnicas e mediçao milimetral peniana não é aqui, cara. Este é um lugar dedicado a quem faz, toca e compra música. Recomendo fortemente você procurar um site como o Wikipédia e colocar suas colaborações por lá, é o tipico lugar ideal para esse tipo de pentelhação. E desculpa, mas um blog que diz que logo abaixo do titulo que “em pleno século 21 o Brasil ainda não conhece vinil e fita cassete”, eu nem tenho o que comentar. Fica aí pro leitor que quiser ver. Dizer que “E às vezes é preferível ouvir um vinil arranhadíssimo, cheio de “batata frita”, porque nele contém Música, a escutar certos CD’s de hoje, onde só se escuta besteira.” é patético. É dizer que a mídia é mais importante que o conteúdo, ou que só sai besteira em CD… Eu posso te mandar uma dúzia de vinis que deixaria qualquer um de cabelo em pé pelo seu péssimo conteúdo musical. Tá vendo só Joaquim, se você quiser ser técnico, seja, é sempre legal, mas tentar justificar com pseudo-técnica a sua paixão pelos vinis é ridículo. E digo isso sendo um dos amantes do vinil tbm! Vou deixar o flame war de lado, mas como estou em casa aqui, vou me dar ao luxo de colocar o pé em cima da mesa e relaxadamente comentar: Se você fez tanta pesquisa, por favor, volta lá e faz tudo de novo. Ou pelo menos dá uma respirada e veja como você está soando como um psicopata alucinado nesse seu post/comment.

Akzel
14/11/2007 4:09

Não; é sério: Vinis não são ecológicos. Aliás, é uma boa bandeira essa, não é? Fazer CDs de plástico (reciclado, claro) ou vinis de petróleo (até pq eu nunca vi ninguém levar vinis velhos pra reciclagem, mesmo que alguns precisem hehe)? Mas é por isso que eu digo sempre: Telefone BOM MESMO são os antigões. Os novos, vc sabe, são digitais e a ligação perde mto as nuances mais sutis que qualquer cachorro treinado é capaz de ouvir. Nossas vozes são brutalmente digitalizadas e transformadas em frios e insensíveis bits e bytes. Não, antigamente nossa voz virava uma onda perfeita, e flutuavam pelos cabos de cobre sem degradação e chegavam no destino límpidas e macias, puras ondas sonoras. Não sei como em pleno século XXI as pessoas usam telefones digitais quando em algum lugar da Grécia alguém ainda usa telefones à base de pulsos.

Caro Dudu:
Não sabia que v. era o dono do site. Fique à vontade para apagar tudo. O tamanho do texto é grande, é bem verdade, mas não podia ser menor para combater ponto a ponto de tanta bobagem e preconceito do que você falou. Meus argumentos são científicos e não pessoais. Pensei que neste site as pessoas gostassem de debater tecnicamente, mas acho que gostam é de “bater”. Agora já que estou aqui farei um último comentário do que li: O VINIL É ECOLÓGICO SIM JÁ QUE DURA 63 ANOS TOCANDO E NÃO VAI P’RO LIXO, a não ser que um ser humano IRRESPONSÁVEL O DESTRUA. JÁ O CD DESTRÓI-SE POR SI PRÓPRIO, POIS OXIDA E NÃO HÁ RECUPERAÇÃO. NENHUMA FAIXA MAIS PODE SER OUVIDA, ENQUANTO UM VINIL QUEBRADO V. CONTINUA ESCUTANDO. ENTÃO QUEM É MAIS ECOLÓGICO? MAIS: HÁ OUTRAS FORMAS DE SE PRODUZIR PLÁSTICO QUE NÃO SEJA A PARTIR DO PETRÓLEO OU ENTÃO O MUNDO ESTARÁ PERDIDO JÁ QUE A MAIORIA DOS PRODUTOS DEPENDE DO PETRÓLEO. SE ISSO MUDAR, A CONFECÇÃO DO VINIL ACOMPANHARÁ ESTA EVOLUÇÃO. AGORA O CD NÃO TEM JEITO: OXIDA MESMO. É SÓ UMA QUESTÃO DE TEMPO. E O POLIPROPILENO FUNGA, PELO FUNGO DENOMINADO GEOTRICHUM. Agora perceba que uma agulha, que dura em média 500 horas, não vira lixo tão fácil quanto uma LEITORA, que dura em média muito pouco, talvez uns 5 anos. A lente opaca de fungos e as molas perdem efeito fazendo ela perder o foco. Uma cápsula de toca discos tem durabilidade indefinida, mas se recomenda a troca em 10 anos e até por questões de avanço em tecnologia. Vinil só empena se v. colocá-lo propositadamente no sol ou diante de fonte de calor. Mas ninguém faz isso, nem um singelo e simplório camponês. O vinil dá fungo e bactérias se guardado na ausência de luz por muito tempo, mas aí é só lavar que tá novo, é que nem "xícara".. Agora compare o lixinho que é uma agulhinha de diamante e uma leitora, principalmente essas chinesas que pipocam por aí. Agora para finalizar: Se estou no site errado, já saí. Você pediu para comentar a Numark levantando a possibilidade de “migração” dos DJ’s do vinil (fã de vinil é fiel). (E repare que NÃO HAVIA NENHUM POST ANTES DO MEU! 0 (Zero) Post! Zero Audiência no seu Site! Esse tema seu estava às moscas. V. devia era me agradecer, ora! Rapidinho apareceram um monte de posts.)Ora, eu usei a minha liberdade de expressão e conhecimento e não sou superficial, percebeu? Escrevo com riqueza de detalhes úteis. Incomodo. E quem não nasceu para incomodar nem devia ter nascido – já dizia Nélson Rodrigues. Agora você não pode castrar a forma das respostas das pessoas, querer que sejam iguais a v. ou ao seu universo social. Isso não seria democrático. Formatar respostas. E seria medo de enfrentar o diferente. O seu site é aberto, é chegou; escreveu. Por isso entrei e escrevi, fiz errado? Agora querer que eu escrevesse como v. pretendia, impossível. Até pela minha idade e experiência. Mas eu já estou de saída porque já vi que é um site que se comporta mais como um clube de amigos onde já saíram em defesa do dono. Não é um local de isenção, nem de amor pelo conhecimento – que se produz com debate; é um local passional, ao contrário do que falaram. Tanto que ninguém combateu tecnicamente nenhum argumento meu. Sabe porque? Porque ninguém lê nada sobre esse assunto, só isso. Nada contra. Agora se v. quiser deletar como falou, então delete tudo que escrevi desde o início e voltem a suas calmarias. Sem ameaças ideológicas. Um local de amantes do som analógico-digitalizado, sem problemas, sem problemas. Podem apagar tudo e esquecer que houve um grande incômodo no forum de bate papo.

Joaquim Cutrim
14/11/2007 15:43

(Caro dono do Site, Sr. Dudu: Me Dou ao Direito de Resposta, pelas ofensas do Sr. Akzel): AKZEL, você sim, é um pisicopata. E certamente esquizofrênico, pela agressividade expressa em palavras, ditas a meu respeito. Qual é o direito que v. tem de chamar quem você não conhece de psicopata? Ridículo e patético visto que não tem competência para combater um comentário técnico com inteligência. Você não tem competência para escrever meia linha do que eu escrevi no meu blog técnico Vinil Na Veia.


Última resposta ao senhor Dudu: “Em pleno século 21 o Brasil ainda não conhece vinil e fita cassete” Isso, senhor Dudu... Você o Brasil NÃO CONHECEM A FITA CASSETTE. ESPECIALMENTE VOCÊ! Acho que NUNCA CONHECEU, não foi de sua época e você nem se interessou em conhecê-la por questões de cultura profissional, que seria obrigatório no seu caso, já que se diz profissional (DJ). Quando falo isso é que o Brasil não sabe que ainda se produz vinil no 1º mundo e que não conhece o vinil cortado pelo método DMM. (Hoje o Brasil já produz Vinil pela Polysom da Deckdisc) Quando você ironizou-me dizendo que “A Grécia fica na Europa, portanto quando você diz “europeus”, já está incluindo “gregos”. Como você não tem perspicácia! No meu blog, MENCIONO EM ESPECIAL A GRÉCIA por causa do Clube de Atenas que você nem conhece, pois nem pegar um livro deve. Você conhece o Clube de Atenas? Claro que não, você não lê nada sobre áudio de alta fidelidade, categoria audiofilia. Aliás, você não lê nada, é o que se dessume pelas suas palavras chulas e sem precisão e conteúdo.  “Você disse “passional”: Passional significa verdadeiro, envolvido. Passional não é sinônimo de “amadorismo”, ok? Ser apaixonado pelo que faz ou defende é a diferença entre os bem sucedidos e os mal sucedidos. “abobrinhas.” “paciência de ler”, “perdendo o meu tempo” “causa santa”, “pentelhação” (Palavrão pelo visto é coisa comum no seu site...): Veja: Se o que escrevi são abobrinhas, “pentelhação” (Palavra vulgar, chula de sua parte), porque você não deleta? porque não apaga tudo que escrevi? Vai ficar se aproveitando da minha aula? Ah, já sei a resposta: É porque tá dando “audiência” para o seu site, está lhe dando acessos, né? Afinal de contas esse teu tópico tinha ZERO POST! E v. não tem nada pra ensinar pra ninguém; agora tem pessoas de fora lendo e querendo aprender – comigo, é claro, né? Então deleta, vai ficar fazendo dois pesos e duas medidas? Morde e assopra? Diz que é abobrinha e mantém os textos? Claro, v. não vai tirar, afinal v. precisa dos acessos e ninguém tinha escrito nada útil neste tópico. Aliás, todos os comentários contra mim foram – isso sim – passionalmente agressivos e despropositados! Entrei e dei a minha opinião, numa visão minha, ampla. V. não gostou porque é apaixonado por digital e aí deu no que deu – festival de agressões. E Veja bem: Não fui eu quem começou a falar em termo técnico, v. é que veio com história de “hummer” do vinil, aí… provocou… e tomou um furacão de aula de áudio. Saber ouvir com humildade e aceitar que o outro tem mais conhecimento que v. é uma virtude rara nas pessoas. E saber respeitar pessoas as quais está entrando em contato com a primeira vez, é outra qualidade rara no ser humano hoje. Pois bem, a oportunidade está aí: Retire o que considera lixo do seu tópico santo e continue a comemorar suas bravatas com seus amiguinhos, senhor todo poderoso dono do site. Mais: Fita Cassette: Por que o Brasil não conhece? Porque não sabe que a fita cassette evoluiu nestes quase 20 anos de digital e a fita dióxido de ferro de hoje, não é a mesma fita dióxido de ferro de 20 anos atrás: Hoje ela reproduz igual a uma dióxido de cromo, porque hoje as suas partículas são quimicamente tratadas. E isso resulta em excelentes agudos e graves. O Brasil (falo o pessoal comum, senso comum) nem sabe que, além de continuarem a ser produzidos no 1º mundo, os Tape Decks evoluíram, por exemplo, uns vem com Fita-CD juntos, outros com Fita-MD juntos… A maioria com ajuste automático de azimuth… Pois é. Então falo COM conhecimento de causa! Aqui só falaram garotos com ar de playboy de mp3 com fone socado no ouvido. Não ouvi nada sério e nem substancioso em termos de áudio. Só não foi perda de tempo, porque meus leitores aprenderão com as respostas às sandices ditas no seu submundo do áudio.
Joaquim Cutrim.
Email:
-->joaquim777@gmail.com

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Tocadores de mp3, como os conhecidos iPods, podem matar usuários de marcapasso e desfibriladores cardíacos.

Usuários de marcapasso e desfibriladores cardíacos podem ter morte instantânea causada por aparelhos tocadores de mp3 devido à influência magnética dos fones de ouvido nos circuitos desses aparelhos. Confira toda a matéria no site http://www.geek.com.br/modules/noticias/ver.php?id=40155&sec=6

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Um download pode gerar uma cópia melhor que um CD vendido em loja?

A matéria saiu no HT Forum:
http://www.htforum.com/vb/showthread.php?t=70094
http://www.htforum.com/vb/showthread.php?t=71413

Jogo é jogo, mas será que treino é treino?

Por Holbein Menezes.

Reportagem

Conheci a revista estadunidense “the absolute sound” no verão de 1977. Era então editada por Harry Pearson, que tinha como colaboradores Patrick Donleycott, como Editor, e John Cooledge no papel de Editor Consultivo. Considerada desde o nascimento, pelo seu caráter não comercial, como imprensa de “underground”; não obstante – nas suas 160 páginas em tamanho de bolso (14 x 21 cms) –, 30 eram de anúncios; embora a revista adotasse a boa prática de pôr tais anúncios, consecutivamente, nas últimas páginas; e não “vendia” sua capa principal, e a quarta, para fotos de “certos” produtos de áudio objetos do particular interesse do Editor-em-chefe...

Toda uma geração de audiófilos “state-of-the-art” foi formada a partir das idéias veiculadas pelo magazine do Harry Pearson. Antes deles, os assuntos da eletrônica para a reprodução do som musical eram divulgados por revistas do tipo “High Fidelity”, “Stereo Review”, “Hi-Fi Answers” etc. Naquele tempo, no mundo do áudio sobressaíam os nomes de Saul Marantz e Peter Walker; superavam em notoriedade até as marcas dos aparelhos que fabricavam. Foi a época do reinado dos ouvidos e não dos componentes eletrônicos. Ainda se não tinham inventado as expressões “marketing” e “merchandize”. Éramos felizes e nem sabíamos!

[Hoje, a revista do Harry Pearson não é mais do Harry, é de Mr. Robert Harley, “editor-in-chief”; e não é mais de bolso, cresceu de tamanho; aliás, em maior medida que de importância...]

Mas como aprontou o Sr. Pearson!

Em 1976, o anuário “HiFi Year Book” publicava a fotografia da caixa AR-LST , fabricada pela “Acoustic Research” (USA), então considerada o “crème de la crème” em matéria de sonofletor: suspensão acústica com um alto-falante de 12 polegadas, mais quatro “hemispherical dome” médios, de 1,5 polegadas, mais quatro “tweeters”, também “hemispherical dome”, de ¾ de polegadas; “crossover” em 525 Hz e 5kHz, com impedância a variar de 4 a 16 Ohms.. Preço de um par: £ 227 que, ao câmbio do tempo representava mais ou menos 400 dólares!

No número 10 da revista do Sr. Harry Pearson, edição do verão de 1977 (portanto, um ano depois da edição de 1976 do anuário acima referido), a caixa “Infinity QLS-1”, com características assemelhadas às AR-LST (um “woofer” de 12, mais seis médios “dome”, mais oito “tweeters”; cortes em 200 Hz e 600 Hz), era testada pela “the absolute sound”, que anunciava sem-vergonhamente o preço de 2,400 dólares por par!

Foi o começo da escalada dos preços tresloucados, e foi para justificá-los que a revista criou o termo “state-of-the-art”, pai legítimo do vago e impreciso “high-end” de hoje.

Depois de tantas décadas (mais de três, eu acho), por gentileza do Ricardo Pontes voltei a ter em mãos um exemplar da “the absolute sound”, edição de dezembro de 2007. E deparo-me, sem muita surpresa, com uma realidade muito próxima da realidade da “Áudio & Vídeo” tupiniquim, ou seja, o dono da revista assina a maioria dos artigos... Um desses chamou-me a atenção pelo título: “Do hard-disk drives sound better than CDs?”, matéria assinada pelo próprio “editor-in-chief”, Mr. Robert Harley. Que conclui, em síntese:

“... escutei marcante melhora na qualidade sônica...”
“Notei mais espaço, aeração, frescor e melhor ilusão de palco...”
“... mesmo com a intensidade diminuída, o som tinha melhor resolução, principalmente quanto ao caimento o qual é responsável por mais arejamento e espaço...”
“... altos médios e agudos, apesar de mais suaves, soaram mais orgânicos...”

Pensem bem: pode a situação substituta (cópia) ser melhor que a situação original (CD)? Uma cópia ou a leitura de um disco compacto por outro meio pode soar melhor do que a leitura feita por meio dos nossos “CD-Players” de cada dia? Um CD terá porventura leite escondido que nossos vãos ledores não conseguem tirar? Que que acontece entre as duas formas de leitura, para que pessoa experimentada como Mr. Robert Harley registre melhoramento?

Eis o que pensa a respeito o Engenheiro-audiófilo Ricardo Pereira, de Belo Horizonte:

“Dois aspectos aqui nessa questão:

- se lido o arquivo musical a partir de um HD, é notória a qualidade obtida, superior e muito à leitura normal dos discos ópticos externos visto que um dos defeitos eliminados nesse processo é a presença de “jitter”;- se lido num “player” de mesa, o disco queimado a partir de arquivo copiado/guardado num HD, afirmo por experiência, que não houve sequer um caso em que a cópia não ficasse bem superior em qualidade de áudio, comparado ao mesmo arquivo impresso em fábrica no disco original.
Eu não tenho dúvidas quanto a isto: um disco prensado em série nas fábricas contém muitos erros de estampagem o que não ocorre nos discos queimados em computador/gravador de mesa/mídias de ótima qualidade, em tempo real, pois os lands e pits assim gerados são muito mais perfeitos fisicamente do que aqueles gerados numa prensa.
Desde as primeiras experiências com cópias de CDs, nos anos 90, chamou a atenção dos analistas e usuários a melhor qualidade de áudio nas cópias do que nos originais digitais. Pela primeira vez na história da música gravada, a cópia tinha ficado melhor que o original!! E concordo com isso até o talo!”

Minha recente experiência leiga também fala nessa direção. As cópias de música erudita que me têm sido presenteadas mostraram ser da mais alta qualidade, cópias de obras que já tive em “long playing”, disco-leiser ou fitas VHS mas não as tinha ainda em CD.

Animado e ao mesmo tempo intrigado com a “descoberta”, com a ajuda competente de Hermosa Maria minha doce companheira e eficiente secretária, resolvi fazer um teste eu próprio com os quartetos de cordas de Béla Bartók, vintena gravação de 1984 – acho que a primeira coleção de cedês que adquiri –, com o soberto conjunto húngaro, “Takács Quartet”. Sobre as cópias, eis as principais observações que notei e anotei:

no “Quarteto nº 1”, os acordes iniciais em prianíssimo, do primeiro e segundo violinos – talvez concebido assim quase indistinto para criar expectativa –, e o diálogo entre a viola e o violoncelo ficaram audivelmente marcados;
ficou bem mais nítida a distribuição dos instrumentos no ambiente de gravação;
os difíceis semitons de Bartók, que traduzem a cor das incertezas e angústias do compositor, ficaram mais “amarelos” (quem sabe, cor da desbotadura atonal);
senti mais aberto o leque sonoro da esquerda para direita;
passei a ouvir as ressonâncias produzidas pela caixa do violoncelo, que nunca dantes notara, e saibam que já ouvi esses quartetos, nos mais de vinte anos que os possuo, no mínimo meia centena de vezes;
e detalhes apareceram: como a flacidez das cordas que antes afiguravam-se-me duras; e os planos fundo, meio e frente, e o som curió dos violinos, e o roufenho e agourento som da viola; o violoncelo, a pintar de cor cinzenta e sombria as angústias do compositor maníaco-depressivo.

Antes dessa experiência, professava a convicção de que cópia de disco é replicação do original mas... com os defeitos da fonte de origem, magnificados. Um de meus filhos, Engenheiro especializado em duplicação de discos compactos, com passagem proveitosa por um estágio de dois anos numa fábrica austríaca de fabricar máquinas de replicação para cedês e devedês, experiente técnico no mister mercê de seus muitos anos como Gerente técnico da Video Lar e da Sony, com poderosos argumentos convencera-me de que a melhor das cópias será sempre inferior ao original, uma vez que não acrescenta nenhuma virtude e corre sério risco de introduzir, na copiagem, imperfeições não primárias. Portanto, no meu outrora buliçoso espírito investigativo e iconoclasta, a matéria estava assentada: cópia é cópia, original é original.

(Resposta do Holbein)

Jogo é jogo, mas será que treino é treino?

Por Holbein Menezes.
(Parte II).

Das suposições.

“...a audiofilia é repleta de dogmas, crenças, verdades reveladas, processos de canonização, relíquias, fé sem provas, e um quase desprezo pelas comprovações cientificamente testadas (prova cabal e definitiva é uma espécie de heresia e soberba contra audiófila)”. Douglas Bock

Suposições do Holbein:

- tenhamos que todos os “bits” do “stamper” original hajam sido estampados. No processo da prensagem industrial, e em série, e em massa, todos os “bits” hajam sido estampados nos policarbonatos dos discos virgens, os futuros cedês;

- tenhamos, ainda – em face da alta velocidade usada no processo de estampagem industrial –, que os discos compactos (CDs) não sejam a exata replicação dos “stampers”, situação possível, e provável. Quem já viu em ação a complexa e complicada máquina de replicação, viu que braços mecânicos movidos por sensores programáveis, na rapidez de um piscar de olhos selecionam os discos “bons” e os com “defeitos”, isto é, fora do padrão programado. Portanto, há um padrão para tal seleção, e se o há, existe a possibilidade de esse padrão não ser rigorosamente seguido na mecânica da estampagem; porque se não fosse assim, para que detectores de defeitos, hem (?);

- tenhamos, também, que esse padrão não contemple, por exemplo, a exata “dimensão” física dos “bits”, representados por 0 e 1. Em outras palavras, talvez todos os “bits” da estampagem sejam replicados, todos, mas não com a exatíssima “dimensão” (amplitude? relevo? o quê?) do “stamper” original, quiçá em decorrência da alta velocidade do processo de estampagem industrial que negligencia sutis detalhes, como sói acontecer com todo processo industrial em série. Situação factível, pois não? Ora, se sensores pós-estampagem selecionam discos “bons” e discos com “defeitos – na conformidade de um padrão estabelecido, e variável –, isso significa que a estampagem não representa, ou pode não expressar a exata duplicação do “stamper”. Podem ocorrer diferenças que os sensores programados entendem como “defeitos”, e por isso rejeitam tais unidades (e a rejeição é da ordem de 10%); mas podem ocorrer diferenças que os sensores não entendem como defeitos, e os deixa passar, por exemplo, diferenças no relevo dos “bits”;

- tenhamos, pois e por fim, que na cópia dos cedês, que se processa em baixa velocidade, os “bits” dimensionados em menor no disco original são lidos pelo computador (uma vez que estão no CD) e, na cópia artesanal que o computador faz, tais “bits”, digamos “fracos” do disco original (CD) podem vir a ser redimensionados e ficarem mais conformes os “bits” do “stamper”. E na leitura da cópia isso seria evidenciado.

Reconheço, são suposições.

Mas o fato é que todos os que já fizemos cópias temos sido unânimes em afirmar, aqui e alhures, que a cópia ficou e fica sempre “melhor” que o original. Em que sentido? Pois, seguramente nos sutis detalhes, em especial da ambiência; porquanto se “escuta” com mais nitidez o ambiente em que foi feita a gravação. Constata-se uma espécie de “eco” na cópia – o som da aeração? – que não se ouve no disco original, e escolho o termo eco não por seu significado de “...reflexão de uma onda acústica por um obstáculo...” mas por aquele encompridamento de tons e acordes que caracterizam a música ao vivo, tons e acordes que não “morrem” tão logo emitidos; aquela “morte subita” que torna a música em conserva dos discos compactos por vezes “seca”, às vezes asséptica, sem ressonância, como se gravada em sala acusticamente morta.

Porque nas cópias nos surpreendemos por vezes com sutis detalhes transitórios: um rápido e leve e descuidado toque numa corda; a batida da baqueta no prato milésimos de segundos antes de o prato vibrar e soar; as vibrações das palhetas de saxofones e clarinetes, e até o sopro das vozes humanas contra os dentes dos cantores; “coisinhas” miúdas que os musicistas experimentados na arte da escuta chamam de “sujo musical”. Sujos nem sempre notados nos cedês originais.

Por quê? – eis a pergunta que nos fazemos.

Da Verdade.de um cientista:

(Por Ronaldo Menezes,
Professor do “Florida Institute of Technology”, U.S.A.
Bacharel, Mestre e Doutor em Ciência de Computação.)

“Acho extremamente improvável que haja diferença entre as duas fontes.
Assumindo que todas as variáveis são as mesmas, como o autor sugere (refere-se ao artigo de Mr. Robert Harley, da “the absolute sound”- HM) – inexistência de erro de leitura, por exemplo –, é impossível que o som seja diferente. A princípio pensei que a diferença poderia ser da conversão dos dados digitais (DAC), mas o autor parece dizer que usa igual marca de DAC. Sendo assim, a ÚNICA diferença entre a leitura de um CD (ou CD-R) e um HD é a taxa de leitura de dados.

Um HD (“hard disk”) trabalha com taxa de leitura em torno de 1Gbit/sec.,ou, exatamente, 1.073.741.824 bits por segundo. A taxa de leitura de um CD-R (com velocidade 1x) é de 75 setores por segundo. Um setor em CD-R tem 1.411.200 bits. Mesmos os aparelhos mais modernos, que lêem na velocidade52x, lêem "apenas" 73.382.400 bits em um segundo -- mais de 14 vezes mais lento.Assim sendo, a única explicação plausível para a “melhora” proclamada pelos audiófilos seria pelo fato de que a capacidade de leitura do HD permite que a conversão de dados use mais bits.Porém não tenho como me convencer de que isso é possível. Os CD-R atuais possuem “buffers” de mais de 40 segundos. O que quer dizer que o som tocado pode ter sido lido a 40 segundos atrás. Esse "buffer" permitiria que os CD-R tivessem a mesma performace dos HD – o mesmo número de bits em memória Mas minha descrença vai além disso. Vejam que me perguntaria por que os CDs seriam gravados com sons que não podem ser descodificados (caso a leitura não fosse rápida o suficiente). Não faria sentido, faria?Quanto à afirmação que CDs "baixados" em HD seriam melhores, só seria possível se o CD tivesse mais informação do que o aparelho pode ler, o que certamente não acontece (como mencionei acima). Vou além. Aindaque tivesse mais informações, essas não seriam processadas quando a informação no HD fosse novamente passada a um CD-R. O aparelho do CD-R não processaria a informação da mesma forma que não o faria no CD. Mas isso não existe. Ninguém grava informação em CD que não precisa. Nós, "computeros", já teriamos feito experimentos e descoberto isso.Na verdade, é possível baixar as informações de um CD em HD e executar um comando no sistema operacional Linux, comando chamado "diff" que mostra as diferenças entre arquivos. Agora mesmo fiz um experimento e a execução do "diff" mostrou que os dois arquivos são iguais (iguais bits em sequência semelhante).Voltamos então ao DAC. Não se pode criar informação que não existe. Até poderíamos fazer uma interpolação de dados e converter a resolução do CD em algo maior (digamos de 16 bits para 24 bits), mas a "interpolação" não criaria som melhor porque teriamos que converter os 16 bits para analogico e reconverterpara digital (DAC - ADC). (Existe outra forma mas seria ainda pior).Uma outra observação: existe muito erro de leitura quando baixamos um arquivo de musica de DVD para HD. O único software que conheço que não gera erros é o "Exact Audio Copy" porque este copia e executa vários comandos "diff". Se por acaso acha alguma diferença entre os dados, torna a ler.Existe uma forma muito fácil de verificar se o som é diferente ou não está apenas na cabeça (ouvidos) do audiófilo. Grava-se os dois sons e se faz uma análise espectral deles. Algo semelhante como fazer um "diff" (diferença) entre os dois sons. Em condições adequadas, o resultado do “diff” tem que ser "silêncio".

Última observação: há outra situação que pode acontencer e que poderia ocasionar a diferença constatada por vocês audiófilos. Um aparalho de CD funciona atirando um “laser” no CD e captando as distorções da refração da luz. Bem, seria possível que o CD-R (o gravado em casa) tivesse uma melhor refração?! É possivel mas acho improvável uma vez que o material do CD original é da mais alta qualidade e de maior tempo de vida. Mas pode ser a explicação...

JOAQUIM CUTRIM OPINA:

Minha conclusão: O HD é uma mídia magnética e pode acrescentar às cópias o efeito de tornar "woodier" and "silkier" o som, principalmente dos instrumentos acústicos. Daí uma das melhorias, pois o emadeiramento e o aveludamento provocado pelo efeito magnético melhoraria o som. Outra coisa é que um HD lê semelhante um Tape Deck, sem o hiss; e é também uma leitura analógica melhorada: Ele trabalha à vácuo e a leitura não é feita por canhão, e sim por uma cabeça que se aproxima mas não toca a superfície da mídia magnética. Ela se aproxima nanômetros mas não toca a mídia. Isso é muito mais perfeito do que tiros de canhão que podem ir perdendo o foco com o tempo, ainda tem isso. Mas para mim, o que pode estar aí fazendo a diferença que dizem os audiófilos de sons digitalizados é o efeito "wooding" and "silking" dos meios magnéticos. Talvez seja melhor ir por este caminho e pesquisar mais esse porquê. Joaquim M. Cutrim joaquim777@gmail.com
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PS: Um "master glass" produz perfeitamente só até 10.000 cópias. Esse limite tem que ser respeitado. Estão respeitando? Outra: o controle de qualidade artesanal é um - o interessado é o próprio copiador. E o industrial? Será que ele tem mais interesse que o particular no controle de qualidade?
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TODOS OS BLOGS DO AUTOR VOCÊ ACESSA NO ÍNDICE EXPLICATIVO:

http://joaquimcutrimblogs.blogspot.com/

Comentário:
Determinada pessoa, cujo nome peca em se auto intitular de "Deus", com D maísculo, o que desde já tem o meu total repúdio nesse item, fez o seguinte comentário sobre o meu comentário acima. Ipsis litteris:
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Sobre a sua conclusão: O HD não lê como uma fita. A fita é analógica, o HD é digital. No HD existem blocos assim como no CD, e as informações são gravadas através de 1 e 0. É impossível existir o efeito de madeiramento do som, pois esse efeito ocorre quando as ondas ficam mais arredondadas, e no HD não lidamos com ondas e sim com bits. Se por acaso um bit é lido de forma errada por causa de alguma possível deformação do sinal, é feita uma correção de erro usando bits adicionais. Se não for possível corrigir o erro através desses bits adicionais, temos o erro de "verificação cíclica de redundância" e geralmente é impossível ler o arquivo quando isso acontece. Nos CDs tambem existem esses bits adicionais de correção de erro.E outra coisa: O HD não funciona no vácuo. Existe ar dentro deles. Ar sem sujeira, pois as entradas de ar dos HDs tem filtros. Mas existe ar. Caso contrário, a cabeça tocaria na superfície do disco.
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Joaquim M. Cutrim responde: Caro senhor, fora a sua afirmação simplória de que, segundo suas palavras: - "O HD não lê como uma fita. A fita é analógica, o HD é digital"... Pois bem, você não disse nada com isso e ainda falou bobagem! Do ponto de vista da estrutura de funcionamento e dinâmica física de um HD, ele é uma mídia analógica sim, pois é magnético em sua estrutura e é lido por transdução através da ponta de seu estilete. A ponta do estilete de um HD é um mini-cabeçote, semelhante ao de qualquer deck, exceto pelo tamanho, que é quase micro. Mas é feito com um enrrolamento de bobina, sabia Sr. "D"? Mais: O Senhor lembra da fita DAT? Digital Audio Tape? Essa fita contém dados digitais mas é lida por um cabeçote... E agora? Exato; o conteúdo é digital, embora o que varie seja a forma de leitura - que pode ser óptica ou analógica. Não existe leitura digital, senhor "D". Digital é apenas a forma como os dados serão armazenados... Digital é forma de armazenamento de dado, de registro. Mas a leitura de um registro será sempre - ou óptica - ou analógica, capturando setores representados magneticamente (No digital) ou níveis isolados, formados pela arrumação das partículas magnéticas como ocorre na leitura analógica dos Decks. Sendo assim, o HD lê sim, como um cabeçote de tape-deck; transduz estímulos magnéticos (os bits estão arrumados em partículas magnéticas espalhadas na superfície do HD, tal qual na fita, PERMITINDO O SEU REARRANJAMENTO FÍSICO (grifo), daí a possibilidade de que aventei de emadeiramento e aveludamento do som. Não afirmei categoricamente, pois não fiz análises científicas em laboratório, mas como o princípio É O MESMO, as partículas magnéticas da fina camada magnética do HD podem sim passar as mesmas características de aveludamento e emadeiramento para os setores de bits - os bytes - como o cabeçote faz!, Ou seja, podem passar o mesmo efeito "silkier"[aveludamento] and "woodier"[emadeiramento] de que tanto John Vestman fala em seu site secrets of mixing. (Vestman é Engenheiro Eletrônico, com especialidade em áudio analógico e digital e produtor de grandes estrelas como Elton John e Michel Jackson). Quanto às suas explicações sobre eletrônica digital, estão dispensadas: Leia por favor minha explanação no item 19 do meu blog http://vinilnaveia.blogspot.com/ onde falo o que você esquece de mencionar corretamente - você quis falar em interpolação digital, em sampleamento, em oversampling e talvez em "block errors" ou simplesmente BLER, pelo Redbook da Philips, cuja tolerância é de até 200 erros de bloco para os fabricantes honestos. Quanto ao seu "impossível", você precisa provar este seu "impossível", do contrário, será mera alegação vulgar sua (conhecimento vulgar é o contrário de conhecimento científico, em metodologia científica). E mais: NÃO EXISTEM ESSES TAIS BITS ADICIONAIS de que você fala. Nada de bits reservas... Que que é isso! O que existe é o "sampleameneto" ou interpolação, que é o fato da leitora copiar o nível vizinho (byte vizinho e nunca bit vizinho - A interpolação copia setores inteiros - São 200 erros de bloco, e não de bites e por aí vai...). E: Use, por favor, linguagem técnico-científica para se expressar aqui neste blog. Repito novamente seu mais grave erro: "Não existem bits adicionais de correção de erro...". Isso NÃO existe. O que existe, é: Ou sampling (aportuguesando - "exemplificamento") ou oversampling (super-exemplificamento), de dados (bytes), é claro. Sobre a questão do vácuo, outro absurdo... Quando você disser algo assim, por favor, prove, demonstre texto de Doutor, Mestre ou especialista, formal ou não, ou engenheiro, no mínimo, com conhecimento de causa, para essa afirmação tão absurda que você fez! HD's funcionam SIM, à vácuo, para permitir altíssimas rotações e evitar a oxidação da sua superfície, ou contaminação bacteriana ou de fungos, que nenhum filtro iria impedir, além do que, esse dispositivo seria inadequado cientificamente pois careceria de troca ou limpeza para dar vazão ao fluxo puro de ar. E mais: Imagine uma superfície de HD esfriando em um ambiente com ar-condicionado geladíssimo até baixas temperaturas e depois esse mesmo computador com esse HD, retirado desse ambiente, fosse colocado a uma temperatura tropical com umidade relativa acima dos 70 por cento: Condensação "na hora", o que além de produzir erros de leitura pela presença inevitável de gotículas de água, propiciaria o aparecimento daqueles seres que adoram água e ambiente sem luz: Fungos!, Meu caro! Por favor: Chute não vale aqui neste blog. Inclusive vou bloquear a partir de agora comentários, para que possam passar por um filtro científico antes de serem levados a público, dada a minha responsabilidade na transmissão do saber.
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Confira isso:
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Disco_rígido

A cabeça de leitura e gravação de um disco rígido funciona como um eletroímã semelhante aos que estudamos nas aulas de ciências do primário, sendo composta de uma bobina de fios que envolvem um núcleo de ferro. A diferença é que num disco rígido, este eletroímã é extremamente pequeno e preciso, a ponto de ser capaz de gravar trilhas medindo menos de um centésimo de milímetro.
Quando estão sendo gravados dados no disco, a cabeça utiliza seu campo magnético para organizar as moléculas de óxido de ferro da superfície de gravação, fazendo com que os pólos positivos das moléculas fiquem alinhados com o pólo negativo da cabeça e, conseqüentemente, com que os pólos negativos das moléculas fiquem alinhados com o pólo positivo da cabeça. Usamos neste caso a velha lei “os opostos se atraem”.

Joaquim M. Cutrim. E-mail: joaquim777@gmail.com